sexta-feira, 7 de outubro de 2011

10 desenhos clássicos que seu filho não pode deixar de ver


Filmes de animação da era pré-3D ensinam lições importantes para o desenvolvimento da criança. Reveja os clássicos e entenda o que cada um deles mostra


Simba é um filhote de leão, o próximo na hierarquia para assumir o posto de rei da selva, quando uma conspiração armada por seu tio resulta na morte do rei e na expulsão do filhote. Não se engane com o colorido e a fofura das cenas: a história de “O Rei Leão”, longa lançado originalmente em 1994 pelos estúdios Disney, toca em pontos fundamentais da psicanálise e segue relevante até hoje – as ilheterias do relançamento do filme, em versão 3D, deixam claro. Mas ele não é o único desenho clássico com lições para as crianças.

A história de superação do pequeno felino nas savanas africanas ajuda as crianças a lidar com a possibilidade da perda de um ente querido. “Essa é uma das grandes ameaças da infância”, explica Renate Meyer Sanches, psicanalista e autora do livro “Conta de novo, Mãe” (Editora Escuta), sobre a importância das histórias na construção da personalidade infantil.
Esta não é a única dificuldade abordada pelas animações clássicas. Da valorização do diferente aos desafios de crescer, confira outros 9 filmes que podem ajudar seu filho a superar conflitos.
Pinóquio (1940)
Um boneco de madeira é animado por uma fada madrinha e deve passar por uma série de testes de caráter para poder se tornar uma criança humana.
O que ensina: a valorização do diferente, os malefícios da mentira e crença na esperança. “Independentemente de quem você seja, você pode se redimir de tudo de errado que fez”, explica a psicopedagoga Maria Irene Maluf.


Branca de Neve e os Sete Anões (1937)
Rainha maldosa tem inveja da enteada, Branca de Neve, por conta da beleza e juventude da garota. Depois que a madrasta tenta matá-la, Branca foge e vai viver na floresta.
O que ensina: a elaborar conflitos com a figura materna. “Brigar com a mãe é uma fase pela qual todas as crianças passam, o que volta depois com a adolescência”, diz Renate Meyer Sanches.

A Pequena Sereia” (1989)
Ariel é uma sereia fascinada pela vida fora do mar. Desobedecendo os conselhos do pai, ela faz um acordo com uma bruxa para se tornar humana e conquistar o amor de um príncipe.
O que ensina: a superar os conflitos da adolescência com os pais. “Enquanto a Ariel quer ser diferente, romper com os padrões e ser humana, o pai tem a função de protegê-la”, comenta Patrícia Serejo, psicóloga infantil.

Peter Pan (1953)
Peter vive na Terra do Nunca, um lugar onde as pessoas não envelhecem, e se recusa a crescer.
O que ensina: crescer é inevitável. “A criação deste mundo paralelo ajuda a criança a se identificar com um lado da personalidade dela que tem medo de amadurecer”, diz Renate. 

A Dama e o Vagabundo (1955)
A mimada cadela Lady se vê sem rumo quando se perde na cidade e precisa da ajuda de Vagabundo, um vira-lata acostumado a usar da astúcia para se alimentar e sobreviver.
O que ensina: a possibilidade de lidar com dois lados distintos (um mais certinho, outro mais aventureiro), as diferenças das classes sociais e o fato de que o dinheiro não é essencial para uma vida feliz. “Este filme é essencial para ensinar a importância do ‘ser’ e não do ‘ter’. A criança aprende a dar importância às qualidades e não às aparências”, explica Maria Irene.

101 Dálmatas (1961)
Cruela Cruel, fascinada por casacos de pele, sonha em ter um feito com a pele macia de filhotes de dálmatas. Para conseguir isso, ela está disposta a tudo, inclusive roubar animais e enganar Anita, sua amiga de infância.
O que ensina: a ganância excessiva é prejudicial e os animais devem ser tratados com carinho. “Faz muito sentido por conta da era do consumismo, na qual vivemos”, compara Maria Irene.

Tarzan (1999)
Pais de um bebê morrem durante expedição na África deixando-o órfão por ali. Ele é adotado por uma família de gorilas e cresce acreditando ser um deles. 
O que ensina: não existe nada errado em ser adotado, a família é importante e identificar-se com os semelhantes é essencial. “O filme fala de um amor que não é biológico, mas isso não o diminui de forma alguma”, conta Patrícia Serejo.

A Bela Adormecida (1959)
A jovem princesa Aurora espeta o dedo em um objeto amaldiçoado por uma bruxa e entra em sono profundo. Ela só poderá ser acordada por um príncipe que a ame verdadeiramente. 
O que ensina: é importante saber cuidar de si mesmo. “Se a princesa não fosse superprotegida e estivesse preparada, ela não teria dormido 100 anos”, teoriza Maria Irene.

Bambi (1942)
Quando a mãe de Bambi, um pequeno cervo da floresta, é assassinada, ele tem que aprender a cuidar de si mesmo.
O que ensina: fazer amigos é essencial para viver em sociedade. “Em ‘Bambi’ fica muito claro a importância da socialização”, diz Maria Irene.



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